quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO - VAMOS PRATICAR?


Os exercícios abaixo tratam da significação das palavras que, como falamos em sala de aula e aqui, no blog, podem assumir duas facetas distintas: a denotação (emprego da palavra em sua significação primeira, mais comum e corriqueira) e a conotação (emprego da palavra em sua significação mais artística, figurada, enriquecida).
Relembrados tais conceitos, cabe a você resolver as questões a seguir, demonstrando a si mesmo o quanto já aprendeu sobre o assunto! Concentração e bom exercício!

EXERCÍCIOS

01) Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido conotativo:

(A) Lendo o futuro no passado dos políticos (...)
(B) As fontes é que iam beber em seus ouvidos.
(C) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com regularidade mecânica.
(D) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta.
(E) (...) capaz de cortar com a elegância de um golpe de florete.

02) Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem conotativa:

(A) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço ”
(B) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste”
(C) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável ...”
(D) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.”

03) O item em que o termo sublinhado está empregado no sentido denotativo é:

(A) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.”
(B) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.”
(C) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...”
(D) “...a indústria disparou gordos investimentos.”
(E) “Colheu uma revelação surpreendente:...”

04) Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s) empregada(s) em sentido conotativo:

(A) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar suas raízes.
(B) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.”
(C) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de partida.”
(D) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver tranquilo ...”
(E) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais rápidas.”

05) Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada em sentido conotativo:

(A) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na incompreensão das sociedades por onde passa.”
(B) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na manhã, duas máscaras calmas.”(Mário Quintana)
(C) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha de meu próprio espanto.”
(D) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora sentes / Só se esquece no perdão.”
(E) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.” (Carlos Drummond de Andrade)

Gabarito:

1. D
2. D
3. B
4. A
5. D

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

GABARITOS DE EXERCÍCIOS DE AULA - TURMA TCE, FEDERAL CONCURSOS


Para os alunos da turma do TCE, finalizada ontem, 06/02, alguns gabaritos referentes aos exercícios de aula, conforme prometi.

AULA SOBRE "CRASE"

01) C   02)   03)   04) B   05) E   06) B   07) D

AULA SOBRE CONCORDÂNCIA VERBAL

 01) E   02) C   03) C   04) D   05) B   06) C   07) E   08) E   09) E   10) E

AULA SOBRE CONCORDÂNCIA NOMINAL

 01) A   02) A   03) C   04) C   05) E   06) D   07) C   08) A

Esses são os gabaritos que ficaram faltando para a turma de vocês. O restante dos arquivos disponibilizados em sua ÁREA DO ALUNO possuem os gabaritos dos exercícios. Havendo alguma dúvida remanescente, entrem em contato aqui, pelos comentários.
Boa sorte e grande abraço a todos!

Professor Daniel Vícola

SIMULADO FCC - LÍNGUA PORTUGUESA



Este simulado traz questões referentes à PONTUAÇÃO DO TEXTO e também trabalha com o RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS. Aconselho que façam o simulado com atenção e, logo após, confiram os resultados no gabarito comentado.
Muita concentração e boa sorte nesta reta final de seus estudos!


SIMULADO LÍNGUA PORTUGUESA 
(FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Assuntos: Pontuação. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas)*.

*Este item refere-se a todos os conceitos aprendidos anteriormente (ortografia oficial, acentuação gráfica, flexão nominal, flexão verbal, concordância nominal e verbal, regência nominal e verbal, emprego do acento grave indicativo de crase, pontuação etc).


01) (FCC) A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido na frase:

(A) Ao longo das últimas décadas, as obras de Umberto Eco vêm ganhando mais e mais respeitabilidade.
(B) Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismo fundamentalista.
(C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de um grande cientista.
(D) Na atitude de Stephen Hawking, há uma grandeza que todo cientista deveria imitar.
(E) Não há como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem a Stephen Hawking.

02) (FCC) Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação: "... o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula".

(A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula.
(B) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula.
(C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula.
(D) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula.
(E) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula.

03) (FCC) Em (...) as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade.
Pode-se reconstruir com correção e coerência a frase acima, começando por As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade e complementando com:

(A) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia e de vitalidade.
(B) não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade.
(C) porquanto constituem-se como seres de natural energia e vitalidade.
(D) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade em sua natureza.
(E) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia e força vital.

04) (FCC) Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento:

(A) Poder viver um homem sem acesso à civilização. Não pode: embora haja muitos que pensem o contrário. O que não é evidentemente, o caso do cronista.
(B) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do cronista. Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizada os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.
(C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo, artificial.
(D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensação: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essa crônica.
(E) Não se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalações sanitárias, em nome de uma vida mais pura e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos da civilização, pergunta-se a ele?

05) (FCC) A pontuação está inteiramente correta em:

(A) Nicolau Maquiavel analisando os problemas dos principados italianos, escreveu em plena Renascença, um tratado sobre os fundamentos das ações políticas.
(B) Em plena Renascença, Maquiavel, analisando os problemas dos principados italianos, escreveu O Príncipe, um verdadeiro tratado de política.
(C) Quando escreveu O Príncipe Maquiavel preocupou-se com os problemas, dos principados italianos, resultando uma obra, considerada basilar, para quem se interesse por política.
(D) Tendo escrito O Príncipe, em plena Renascença Maquiavel nos legou sem dúvida, um tratado sobre política cujo valor continua sendo reconhecido em nosso tempo.
(E) Poucos imaginariam que, aquele tratado sobre política datado da Renascença, teria um valor tal que se manteria vivo, por tantos séculos, e, continuaria atual em plena modernidade.

06) (FCC) "Os pais do estudante na matrícula devem apresentar seus documentos, e que as fotos devem, obrigatoriamente, estarem nítidas."

A redação que torna o aviso acima claro e correto é:

(A) Os pais do estudante, no ato da matrícula, devem apresentar seus documentos cujas fotos devem obrigatoriamente, estar nítidas.
(B) Ao fazer a matrícula do estudante, os pais devem apresentar seus documentos, cujas as fotos devem ser nítidas, obrigatoriamente.
(C) No ato da matrícula, os pais devem apresentar os documentos do estudante, obrigatoriamente com fotos nítidas.
(D) As fotos que devem ser nítidas, devem ser apresentadas pelos pais do estudante ao fazer a matrícula.
(E) É obrigatório tanto que os pais do estudante, na matrícula, apresentem os documentos dele e também com fotos nítidas.

07) (FCC) Está inteiramente correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

(A) O fato de não lembrar-se do autor da história não impede de que o autor do texto lhe recorra para ilustrar o que admite como saudade de Waterloo.
(B) Seria inimaginável hoje em dia alguém se promover um piquenique para se ficar assistindo uma batalha enquanto espetáculo.
(C) As cidades de Hiroshima e Nagasaki constituem até hoje uma tétrica lembrança do que as causou num bombardeio as bombas atômicas pela primeira vez.
(D) Tem pessoas que julgam ?legítima? a tática militar a qual consiste em vitimar civis, bombardiando populações inteiramente inocentes.
(E) A pretexto de atingir o moral dos inimigos, muitos comandantes não hesitaram em ordenar terríveis ataques aéreos contra as populações civis.

08) (FCC) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

(A) O escritor Ítalo Calvino manifesta uma grande acuidade na leitura das fábulas populares, interpretando-as em suas estruturas profundas.
(B) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceberá de que as simplórias fábulas populares podem até deixar de sê-las.
(C) Não há pessoa pobre em cuja aspiração acabe sendo uma forma de compensar sua condição, imaginando-se um nobre disfarçado.
(D) Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.
(E) É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se pode aspirar a ser reconstituído, promovendo-se a propalada justiça.

09) (FCC) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

(A) Muito leitor curioso não deixará de pesquisar o famoso relatório de que trata o texto, providência de que não se arrependerá.
(B) Aos leitores curiosos caberão promover pesquisas para encontrar esse relatório, com o qual certamente não se deverão frustrar.
(C) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus esforços no sentido de ler o relatório, cujo o valor é inestimável.
(D) É tão primoroso esse relatório que os leitores de Graciliano romancista acharão nele motivos para ainda mais orgulhar-se do mesmo.
(E) Sendo pouco comum admirar-se um relatório de prefeito, verão os leitores de Graciliano que não se trata aqui deste caso, muito ao contrário.

10) (FCC) A afirmativa escrita de modo inteiramente claro e correto é:

(A) Com a navegabilidade do Oceano Ártico, vai ficar esposto a quantidade de riquesas que existe nessa região.
(B) A opção pela nova rota, conhecida como Passagem Nordeste, que economizou distâncias, também reduziu o consumo de combustível.
(C) Para se fazer com segurança a travessia de mares gelados prescisa haver muito cuidado e precalção contra os perigos que surgem.
(D) Não se deve extranhar a cobissa de alguns países para explorar os recursos naturais que vão ser encontrados no Ártico.
(E) Para percorrer a rota que é feita abitualmente as embarcações estão sugeitas aos riscos permanentes trazidos por placas de gelo.

CONFIRA, AGORA, O GABARITO COMENTADO

01) B

Comentário: Na assertiva B, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa em que combatem o obscurantismo fundamentalista. Nessa oração, Umberco Eco faz uma homenagem a todos os cientistas. Com a supressão da vírgula, entretanto, a oração tornar-se-ia adjetiva restritiva, acarretando alteração no sentido: agora, Umberto Eco homenageia somente os cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista, e não mais a todos.

02) C

Comentário: Notem que, no enunciado, a vírgula antes de querendo foi empregada para separar a oração principal da oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio. Como está na ordem direta (or. principal + or. subordinada), o emprego da vírgula é facultativo. A conjunção coordenativa conclusiva portanto tem sua posição natural no início da frase. Por isso, sempre que vier intercalada, deverá ser isolada por vírgulas. Foi o que ocorreu na assertiva C.

03) B

Comentário: No enunciado, a expressão seres naturalmente carregados de energia e vitalidade, isolada entre vírgulas, apresenta a noção de oposição, contraste, concessão. Sendo assim, deveremos encontrar a mesma ideia nas assertivas. É o que ocorre na letra B: o conectivo não obstante mantém a ideia do enunciado original, ou seja, não há alteração da informação original. Logo, o período pode ser construído da seguinte forma: As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade.

04) B

Comentário: Vamos analisar as opções.
Letra A. Resposta incorreta. O período estaria corretamente pontuado da seguinte forma: "Poder viver um homem sem acesso à civilização? Não pode, embora haja muitos que pensem o contrário. O que não é, evidentemente, o caso do cronista." Em outras palavras, o trecho "Poder viver um homem sem acesso à civilização" é uma interrogação direta, devendo, portanto, ser finalizado por ponto de interrogação. O que se sucede a esse trecho é a resposta "Não pode", seguida de uma oração subordinada adverbial concessiva, introduzida pelo conectivo embora, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Por fim, o excerto adverbial evidentemente deve ser isolado por vírgulas, a fim de denotar a intercalação entre a forma verbal é e o predicativo.
Letra B. Resposta correta. Em "O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do cronista", a expressão adverbial no século XIX foi empregado entre vírgulas para denotar a intercalação entre o sujeito e o predicado. Continuando o trecho contido na assertiva em análise, em "Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizada os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.", a vírgula foi empregada após o adjetivo romântico para denotar a antecipação da oração subordinada adverbial "Embora fosse um romântico". Por sua vez, as vírgulas antes e depois de tendenciosamente justificam-se pela intercalação da expressão adverbial entre o sujeito e o predicado.
Letra C. Resposta incorreta. A vírgula após o vocábulo "nossos" deve ser substituída por um ponto, para indicar o encerramento de uma ideia, o término de um período: O cronista é um dos maiores humoristas nossos. Sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar (...). A vírgula após alheios justifica-se pela presença do termo explicativo "Sem receio de ofender pontos de vista alheios". Por sua vez, o sinal de ponto e vírgula foi inadequadamente empregado, pois infringiu uma das condições básicas: não podemos separar o a forma verbal "atacar" do complemento "no que este tem de vicioso". Por fim, o vocábulo "sobretudo" deve ser isolado por vírgulas: (...) e, sobretudo, artificial.
Letra D. Resposta incorreta. A primeira vírgula, após hostilizados, separa inadequadamente o predicativo do sujeito "aqueles que defendem das delícias da vida natural": Aqueles que defendem as delícias da vida natural se sentirão hostilizados(,) provavelmente. Por sua vez, o sinal de dois-pontos também foi empregado inadequadamente após a expressão "Em compensação". No lugar desse sinal de pontuação dever-se-ia ter empregado a vírgula: Em compensação, os que refutam (...). Por fim, a vírgula antes de "muitos" também foi empregada incorretamente. Conforme vimos, não podemos separar o sujeito do predicado. Logo, a reescritura correta do excerto é: Provavelmente se sentirão hostilizados aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensação, os que relutam em aceitá-la muito se divertirão com essa crônica.
Letra E. Resposta incorreta. A primeira vírgula, empregada após o vocábulo cronista, separa inadequadamente o objeto indireto (do conforto) da forma verbal privaria. Observem como ficaria a construção do trecho na ordem direta: O cronista não se privaria do conforto (...).

05) B

Comentário: A pontuação correta encontra-se na assertiva B. A expressão Em plena Renascença é um adjunto adverbial deslocado, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Por sua vez, o isolamento por vírgulas da oração reduzida de gerúndio deslocada é justificável, por estar intercalada entre o sujeito Maquiavel e o predicado escreveu O Príncipe. Por fim, a última vírgula se justifica pelo fato de o trecho um verdadeiro tratado de política assumir caráter explicativo.


06) C

Comentário: Vamos analisar cada assertiva.
A) Resposta incorreta. Nesta assertiva, o pronome possessivo seus gera ambiguidade na frase, pois pode referir-se tanto aos pais quanto ao estudante. Além disso, faltou uma vírgula antes do adjunto adverbial deslocado obrigatoriamente. Reescrevendo, temos a seguinte construção clara e correta: Os pais do estudante, no ato da matrícula, devem apresentar os documentos do filho, cujas fotos devem, obrigatoriamente, estar nítidas.
B) Resposta incorreta. Novamente, o pronome possessivo seus gera ambiguidade na estrutura: os documentos pertencem aos pais ou ao estudante? Outro erro: o pronome relativo cuja não admite artigo, seja antes, seja depois. Reescrevendo, temos: Ao fazer a matrícula do estudante, os pais devem apresentar os documentos do filho, cujas fotos devem ser nítidas, obrigatoriamente.
C) Resposta correta.
D) Resposta incorreta. A construção não retoma o aviso do enunciado: sequer menciona os documentos; não fica clara a quem pertencem as fotos (se aos pais ou ao estudante); faltou uma vírgula antes do pronome relativo que, iniciando uma oração subordinada adverbial adjetiva. Reescrevendo de modo claro e correto, temos: As fotos do estudante, que devem ser apresentadas pelos pais ao fazer a matrícula, devem ser nítidas, obrigatoriamente.
E) Resposta incorreta. Houve erro na correção tanto que... também, deixando a frase sem qualquer harmonia e coerência. Ademais, no enunciado, a obrigatoriedade refere-se à nitidez das fotos, e não à apresentação dos documentos. A reescritura correta seria: Na matrícula, os pais do estudante devem apresentar os documentos do filho, cujas fotos estejam nítidas, obrigatoriamente.

07) E

Comentário: A redação correta encontra-se na alternativa E. O trecho A pretexto de atingir o moral dos inimigos assume caráter explicativo, razão por que se justifica o emprego da vírgula após o vocábulo inimigos. Neste período, o que também pode ter gerado dúvida foi o emprego do vocábulo moral. Quando empregado com artigo masculino (o moral), assume o sentido de ânimo, estado de espírito confiante. Por isso, está correta a forma apresentada na frase. É importante observar que também existe a moral, a qual se refere a comportamento, forma de conduta ética, forma que não se enquadra no contexto. O verbo hesitar significa incerteza, dúvida, devendo ser grafado com a inicial h.

08) A

Comentário: A redação clara e correta é encontrada na assertiva A. Sendo assim, vamos analisar os erros das demais opções.
B) Resposta incorreta. No trecho se perceberá de que há dois erros: conforme as lições de colocação pronominal, sabemos que pronomes oblíquos átonos não podem iniciar oração; e, por fim, o emprego da preposição de está inadequado, já que o verbo perceber tem transitividade direta, isto é, não rege emprego de preposição.
C) Resposta incorreta. Houve o emprego inadequado da preposição em antes do pronome relativo cuja. Sabemos que, em orações adjetivas, sempre
que for exigida a preposição, esta deverá anteceder o relativo. Entretanto, no caso em comento, não há termo que exija esse elemento.
D) Resposta incorreta. O período apresenta erro de concordância verbal: o sujeito é a expressão toda a argúcia das fábulas populares, cujo núcleo é argúcia. Em razão de esse elemento estar no singular, o verbo também deve permanecer nesse número: Está. Por sua vez, a forma aonde deve ser substituída por onde, já que não há verbo que indique movimento: Está nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, onde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.
E) Resposta incorreta. Conforme vimos nas lições de vozes verbais, verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos,verbos de ligação e verbos impessoais não admitem transposição de voz verbal. No período, a forma verbal aspirar foi empregada no sentido de almejar, ou seja, assumiu transitividade indireta. Logo, a transposição de voz verbal é incorreta. Além disso, notem também que a redação do trecho não está clara, a mensagem não é transmitida de maneira nítida.

09) A

Comentário: A redação clara e correta é encontrada na assertiva A. Sendo assim, vamos analisar os erros das demais opções.
B) Resposta incorreta. No período, temos o sujeito oracional promover pesquisas. Por essa razão, o verbo caber deve figurar na terceira pessoa do singular: Aos leitores curiosos caberá promover pesquisas (..).
C) Resposta incorreta. O verbo envidar deve ser grafado com a vogal i: invidar, cuja acepção é aplicar com dedicação. Além disso, vimos que o pronome relativo cujo não admite artigo, seja antes, seja depois. Logo, o trecho cujo o valor é inestimável está incorreto.
D) Resposta incorreta. A construção não está clara por apresentar ambiguidade: notem que o vocábulo nele (contração da preposição em com o pronome ele) pode referir-se tanto a relatório quanto a Graciliano.
E) Resposta incorreta. Construído com a forma pronominal (admirar-se), o verbo admirar é transitivo indireto, regendo o emprego da preposição com.
Logo, o trecho deveria escrito da seguinte forma: Sendo pouco comum admirar-se com um relatório de prefeito, verão os leitores de Graciliano que não se trata aqui deste caso, muito ao contrário.

10) B

Comentário: A redação clara e correta é encontrada na assertiva B. Sendo assim, vamos analisar os erros das demais opções.
A) Resposta incorreta. O vocábulo esposto foi grafado incorretamente. O correto seria exposto. Além disso, essa mesma palavra deve concordar com o substantivo a que se refere: (...) vai ficar exposta a quantidade. Por sua vez, o vocábulo riquesas (substantivo abstrato derivado de adjetivo) deveria ter sido grafado com z: riquezas. Por fim, o verbo existir deveria ter concordado com substantivo riquezas, forma substituída pelo pronome relativo que: (...) riquezas que existem nessa região.
C) Resposta incorreta. Aqui, há alguns erros. Primeiramente, temos uma oração subordinada adverbial antecipada, ou seja, antes da oração principal. Por essa razão, dever-se-ia ter empregado a vírgula após o adjetivo gelados: Para se fazer com segurança a travessia de mares gelados, prescisa haver (...). Notem que, nesse mesmo trecho, o verbo precisar foi incorretamente grafado com SC. No decorrer no período, o substantivo precaução foi incorretamente grafado com L.
D) Resposta incorreta. A forma verbal extranhar estaria corretamente grafada se, em lugar do x, fosse empregada a consoante s: estranhar. Por sua vez, o vocábulo cobissa também está errado, devendo ser corrigido pela forma cobiça.
E) Resposta incorreta. Primeiramente, temos uma oração subordinada adverbial antecipada, ou seja, antes da oração principal. Por essa razão, dever-se-ia ter empregado a vírgula após o vocábulo abitualmente: Para percorrer a rota que é feita abitualmente, as embarcações (...). Notem que a grafia correta seria habitualmente (com H). Por fim, o adjetivo sugeitas deve ser grafado com j: sujeitas.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL - VAMOS ENTENDÊ-LA?


 Trata-se do estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
Esses pronomes se unem aos verbos porque são átonos, ou seja, “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

- Nada me perturbou naquela reunião.
- Ninguém se mexeu quando ela entrou.
- De modo algum me afastarei de meus amigos!
- Helena nem se importou com os resmungos da filha.

2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

- Quando se trata de ortografia, ela é uma negação.
- É necessário que a deixe no colégio.
- Fazia os exercícios conforme me lembrava das explicações do professor.

3) Advérbios

- Aqui se tem boas condições de trabalho.
- Sempre me impressionei com as habilidades dele.
- Talvez os veja na reunião de sábado.

ATENÇÃO: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se.

4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

5) Em frases interrogativas.

- Quanto me cobrará pela tradução?

6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho!

7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

- Em se plantando, tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.

8) Com formas verbais proparoxítonas

- Nós o censurávamos.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (ex: vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ex: ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro ou na forma do particípio está sempre errada. Observe:

- Tornarei-me... (errada)
- Tinha entregado-nos... (errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre correta.

- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta) (receber + o = recebê-lo)

Outros casos:

- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

- Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ENTENDA TUDO SOBRE REDAÇÃO OFICIAL


Redação Oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Segundo a Constituição Federal, são princípios fundamentais de toda a Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público esteja redigido de maneira obscura ou ambígua. Dessa forma, impessoalidade, clareza, concisão, formalidade, uniformidade e o uso do padrão culto da linguagem deverão ser características norteadoras da redação de um documento oficial, a fim de produzir-se um texto transparente e inteligível para todo o conjunto de cidadãos.
É importante que se distinga a Redação Oficial de um certo “padrão oficial”, de uma forma específica de linguagem pertencente apenas aos meios administrativos. Pelo contrário, por ter como finalidade básica a comunicação mais clara e objetiva possível, impõem-se à Redação Oficial certos parâmetros de uso da língua que diferem daqueles utilizados pela literatura, pelo texto jornalístico e por formas mais subjetivas de comunicação.

O MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


O Manual de Redação da Presidência da República é o documento que regulamenta as normas de redação de atos e comunicações oficiais.

Sistematizando os aspectos essenciais da Redação Oficial, padronizando sua diagramação, exibindo modelos e adequando, a cada nova edição, as formas textuais aos meios de comunicação em uso no período, o manual possibilita a reflexão sobre questões como a identificação clara do problema que motiva um ato ou comunicação, seus possíveis custos e prováveis efeitos e sua legalidade e constitucionalidade. Desta maneira, contribui para a consolidação de uma cultura administrativa de profissionalização dos servidores públicos e de respeito aos princípios constitucionais, objetivando a constante melhoria dos serviços prestados à sociedade.

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